Cambalache (tradução)

Original


Carlos Gardel

Compositor: Enrique Santos Discépolo

Que o mundo foi e será uma porcaria, eu já sei
Em 506 e no ano 2000 também
Que sempre houve ladrões
Astutos e enganados
Felizes e amargurados, originais e imitações
Mas que o século XX é uma exposição
De maldade insolente, já não há quem negue
Vivemos misturados em um merengue
E na mesma lama todos manuseados

Hoje, acontece que é o mesmo ser correto ou traidor
Ignorante, sábio, mão-leve, generoso, vigarista
Tudo é igual, nada é melhor
O mesmo ser burro que um grande professor!
Sem repetentes, nem hierarquia
Os imorais nos igualaram
Se alguém vive na impostura
E outro rouba em sua ambição
Dá na mesma que seja padre
Preguiçoso, capanga
Cara de pau ou vagabundo

Que falta de respeito, que afronta a razão!
Qualquer um é um cavalheiro, qualquer um é ladrão!
Misturados com Stavisky, vão Dom Bosco e La Mignon
Don Chicho e Napoleão, Carnera e San Martín
Assim como na vitrine desrespeitosa
Dos cambalachos, se misturou a vida
E ferido por uma espada sem rebites
Se vê chorar a Bíblia contra um aquecedor

Século XX, cambalacho, problemático e febril
Quem não chora, não mama e quem não rouba é um tolo
Dá-lhe apenas, dá-lhe que vai
Que lá no forno, vamos nos encontrar!
Não penses mais, sente-se ao lado
Que ninguém se importa se você nasceu honrado!
Se é o mesmo quem trabalha
Dia e noite como um boi
Que quem vive dos outros
Que mata ou cura
Ou está fora da lei

©2003- 2024 lyrics.com.br · Aviso Legal · Política de Privacidade · Fale Conosco desenvolvido por Studio Sol Comunicação Digital